Acolhimento, escuta e assistência. Tudo isso é encontrado no Ambulatório da Dor, serviço pioneiro no Ceará, que foi crescendo e hoje desempenha importante suporte para pacientes e seus familiares nas áreas de saúde, social e psicológica. Ele integra a linha do cuidado humanizado, que vem sendo implantada no município, pela Prefeitura do Crato, por meio da Secretaria de Saúde.
Atuando desde 2014, o Ambulatório da Dor funciona no Centro de Especialidades, e tem por objetivo promover qualidade de vida para pacientes, por meio de um atendimento multidisciplinar. Busca o alívio completo de qualquer tipo de dor através de uma abordagem que vai desde o cuidado físico, emocional, social, até o espiritual.
O ambulatório conta com uma equipe de saúde composta por acadêmicos e profissionais, sendo eles residentes de clínica médica, saúde coletiva, integrantes de ligas acadêmicas, estudantes de Medicina, Enfermagem, Nutrição, Educação Física, Fisioterapia e Psicologia.
Neste equipamento, são ofertados acolhimento a pacientes e familiares em qualquer estágio do câncer; diagnóstico e tratamento medicamentoso e não-medicamentoso da dor; fisioterapia especializada em oncologia; atendimento nutricional; estomaterapia; e práticas integrativas e complementares de saúde, como Reike, aromatoterapia, auriculoterapia, massoterapia e acupuntura.
Também são ofertados procedimentos médicos de intervenção da dor, como agulhamento a seco e com anestésico; neuromodulação; mesoterapia e Estimulação Elétrica Transcraniana. Todo atendimento oferecido pelo ambulatório é pautado pelo respeito aos direitos e à biografia do paciente, com alinhamento às evidências científicas.
"Com cerca de 200 pacientes sendo acompanhados, o Ambulatório da Dor acolhe a família também, e a gente tenta suavizar essa agressividade que vem com o tratamento de um câncer. Atuamos de uma forma que os pacientes naveguem de uma forma tranquila durante o tratamento", ressaltou Dra. Sandra Barreto, médica especialista em Dor e criadora do equipamento.
Após a descoberta de um câncer de mama em 2019, Solange Silva, paciente do Ambulatório da Dor há quatro anos, ela conta que naquele mesmo ano passou por cirurgia, químio e radioterapia, mas só quando passou a ir ao equipamento é que sentiu um acolhimento. "Eu queria que todas as cidades tivessem esse amparo que nós temos aqui no Crato. Eu chego aqui, eu me sinto em casa", destacou.
Texto- Liz Bitú